Árbitro de entrevero com Luxemburgo se divide entre apito e secretaria da Copa no RN

Depois de um início promissor, o árbitro Rodrigo Cintra acabou ficando marcado por uma declaração do técnico Vanderlei Luxemburgo. Em 2006, o treinador afirmou que estava sendo “paquerado” pelo juiz durante a derrota por 3 a 1 do Santos sobre o São Paulo. Essa polêmica, no entanto, já é passado na vida de Cintra, que atualmente se divide entre o apito e o cargo de secretário da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo 2014 de Natal.

Responsável por todos os assuntos relacionados ao Mundial de 2014 na capital potiguar, Rodrigo Cintra demonstra conhecimento sobre o assunto, apesar de estar no cargo há pouco mais de um mês e, para complicar, Natal ser apontada como uma das cidades-sede mais atrasadas para a Copa do Mundo.

“Natal e o Brasil inteiro estão no fechamento do planejamento. Não existe nenhum secretário ou coordenador que faça do dia para a noite uma obra de R$ 500 milhões ou R$ 800 milhões. Temos a necessidade de cumprir todos os passos da lei e das licitações para que não aconteçam coisas inesperadas. Por isso, trabalhamos sem atropelos, para não haja riscos em demasiado”, discursou Cintra.



Para chegar a esse cargo, no entanto, o árbitro buscou uma capacitação. Além de ser formado em Educação Física, Rodrigo Cintra diz ter também diplomas de pós-graduação em administração, marketing esportivo e gestão de entidades, instalações e eventos esportivos. Com esse currículo, o juiz iniciou os trabalhos com a Copa do Mundo de 2014 em Salvador, auxiliando a capital baiana nesse processo.

Porém, apesar de, profissionalmente, trocar de ares, Rodrigo Cintra mantém ligações com a Bahia. Filiado à Federação Baiana de Futebol, o árbitro segue com o seu ofício no estado, mas agora tentando administrar os horários para conciliar as duas atividades.

“Eu ainda não abandonei. Sou árbitro da CBF, mas hoje só apito aos fins de semana. Estou há um ano e meio nessa questão da Copa do Mundo, e nesse período tive de pedir algumas licenças para evitar qualquer tipo de contratempo”, explicou o árbitro, que ainda não sabe se poderá trabalhar no próximo Campeonato Brasileiro.

“Estive nos quadros da Federação Paulista até o ano passado e agora estou na Baiana, mas atuei pouco. Fiz quatro ou cinco jogos do Estadual. Agora estou avaliando para saber se irei atuar no Brasileiro, pois preciso conseguir os horários com o meu trabalho”, concluiu Cintra.