Para Blatter, clubes não devem prejudicar seleções

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta terça-feira que "não pode ver as seleções nacionais desaparecerem em favor dos clubes", como forma de justificar seu projeto de exigir um mínimo de seis jogadores selecionáveis por equipe.

Blatter, que se encontra na Malásia para assistir a uma reunião da Confederação Asiática de Futebol, se referiu à existência de um movimento crescente em diversos países para deter a excessiva presença de jogadores selecionáveis em outros países.

O dirigente considerou "ridículo" que algumas seleções possam competir sem jogadores que atuem em seu país, e deu como exemplo o encontro recente entre Inter de Milão e Juventus, em que só havia três jogadores europeus entre os 11 da Inter e nenhum deles era italiano.

O suíço é a favor que os clubes apliquem a fórmula "6+5", com seis jogadores nacionais como mínimo entre os 11 titulares e cinco estrangeiros. Blatter pretende adotar essa estratégia no novo Tratado da União Européia, que pela primeira vez dedica tratamento específico ao esporte.

Questionado também pela decisão recente de dar um fim no rodízio de continentes na organização da Copa do Mundo, Blatter se mostrou satisfeito pelo fato de já ter países interessados em receber o Mundial de 2018, depois da competição que ocorrerá na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014.

"Isto significa que o futebol é um produto maravilhoso. A Copa do Mundo é o acontecimento número um do mundo e consegue mais audiência de televisão que os Jogos Olímpicos", disse.

FONTE: GLOBO