Jader Landerson Santos Azevedo tem 19 anos, mas pode se dizer que nesta terça-feira ele completa um ano de uma nova vida. Ele foi um dos poucos que sobreviveram à queda de uma altura de 15 metros com o desabamento de um pedaço da arquibancada do anel superior da Fonte Nova, no dia 25 de novembro do ano passado.
Outras sete pessoas não resistiram ao impacto e morreram naquela que foi a maior tragédia do futebol brasileiro. O acidente aconteceu na partida entre Bahia x Vila Nova válida pelo Campeonato Brasileiro da Série C, que assegurou o acesso do time baiano à Série B deste ano, diante de presença de mais de 60 mil torcedores.
Desde então, Jader e seus pais vêm sendo submetidos a um doloroso périplo por clínicas, hospitais e repartições públicas em busca de tratamento e reparação para amenizar as seqüelas e o trauma. "As outras mães sentem falta dos filhos que morreram e eu com as humilhações que venho sofrendo para tentar cuidar do meu filho", desabafa a mãe de Jader, Juciana Santos.
Apenas no último dia 30 de outubro, ele conseguiu um laudo médico atestando uma limitação na coluna vertebral em torno de 70% em caráter definitivo e irreversível. Só então pôde dar entrada ao pedido de resgate do seguro oferecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que, em caso de invalidez, pode chegar a até R$ 20 mil, e R$ 25 mil em caso de morte.
Jader recebeu o seguro no último dia 12. Já Delmário da Hora dos Santos, 33 anos, que foi pisoteado na correria provocada pelo desabamento da arquibancada não teve a mesma sorte. Ele sofreu traumatismo craniano, trauma na mandíbula e seqüelas na face. No dia 11 de setembro Delmário foi considerado inválido com alienação mental permanente e terá direito a 100% do seguro.
A indenização, porém, ainda não foi paga devido a um desentendimento entre os pais de Delmário, que são separados. A mãe, Neuza Alves da Glória, está tentando obter judicialmente a curatela do filho, documento necessário para que ela receba o valor integral da indenização. Procurada pela reportagem do UOL Esporte/Pelé.Net, ela recusou-se a dar entrevista.
Das famílias dos mortos, duas ainda não receberam o seguro obrigatório da CBF no valor de R$ 25 mil. Estão nessa situação as famílias de Mídiã Andrade Santos e de Anísio Marques Neto.
Mídiã deixou uma filha de seis anos, Karen Loiane Andrade Santos, que é criada pelos avós maternos. Na última sexta-feira, eles voltaram à sede da Excelsior em Salvador depois de regularizar a guarda da criança para dar entrada na parte da indenização que Karen tem direito, que é de 50%. O ex-companheiro de Mídiã, que não é o pai da criança, tem direito à outra metade, caso consiga comprovar a união estável. "Os avós podem conseguir receber o restante da indenização caso consigam um alvará judicial que lhe garantam o direito, anulando a parte do ex-companheiro", explicou o superintendente da Excelsior Seguros na Bahia, Nelson Uzêda.
A situação é mais complicada no caso de Anísio Marques Neto, que deixou três filhos de companheiras diferentes, apenas um registrado. O mais novo tinha cinco dias de nascido quando Anísio morreu. "Legalmente eu só posso pagar o que é registrado e outros precisariam fazer um exame de DNA", explicou Uzêda.
Além do seguro obrigatório, as famílias das vítimas têm direito a outro benefício, uma pensão especial criada pelo Governo do Estado da Bahia de acordo com a Lei Estadual 10.954, de 22 de dezembro de 2007, no valor do último salário percebido pela vítima antes do acidente ou de um salário mínimo, para quem não tinha comprovante de renda.
Mas apenas duas das sete famílias já estão recebendo a pensão. As outras cinco ainda não tiveram acesso ao benefício porque o Poder Judiciário não definiu quem são os herdeiros legais. Segundo a assessoria de comunicação do governo (Agecom), como não está havendo uma indicação definitiva, por razões particulares, o Judiciário vai determinar os beneficiários.
uol
Desde então, Jader e seus pais vêm sendo submetidos a um doloroso périplo por clínicas, hospitais e repartições públicas em busca de tratamento e reparação para amenizar as seqüelas e o trauma. "As outras mães sentem falta dos filhos que morreram e eu com as humilhações que venho sofrendo para tentar cuidar do meu filho", desabafa a mãe de Jader, Juciana Santos.
Apenas no último dia 30 de outubro, ele conseguiu um laudo médico atestando uma limitação na coluna vertebral em torno de 70% em caráter definitivo e irreversível. Só então pôde dar entrada ao pedido de resgate do seguro oferecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que, em caso de invalidez, pode chegar a até R$ 20 mil, e R$ 25 mil em caso de morte.
Jader recebeu o seguro no último dia 12. Já Delmário da Hora dos Santos, 33 anos, que foi pisoteado na correria provocada pelo desabamento da arquibancada não teve a mesma sorte. Ele sofreu traumatismo craniano, trauma na mandíbula e seqüelas na face. No dia 11 de setembro Delmário foi considerado inválido com alienação mental permanente e terá direito a 100% do seguro.
A indenização, porém, ainda não foi paga devido a um desentendimento entre os pais de Delmário, que são separados. A mãe, Neuza Alves da Glória, está tentando obter judicialmente a curatela do filho, documento necessário para que ela receba o valor integral da indenização. Procurada pela reportagem do UOL Esporte/Pelé.Net, ela recusou-se a dar entrevista.
Das famílias dos mortos, duas ainda não receberam o seguro obrigatório da CBF no valor de R$ 25 mil. Estão nessa situação as famílias de Mídiã Andrade Santos e de Anísio Marques Neto.
Mídiã deixou uma filha de seis anos, Karen Loiane Andrade Santos, que é criada pelos avós maternos. Na última sexta-feira, eles voltaram à sede da Excelsior em Salvador depois de regularizar a guarda da criança para dar entrada na parte da indenização que Karen tem direito, que é de 50%. O ex-companheiro de Mídiã, que não é o pai da criança, tem direito à outra metade, caso consiga comprovar a união estável. "Os avós podem conseguir receber o restante da indenização caso consigam um alvará judicial que lhe garantam o direito, anulando a parte do ex-companheiro", explicou o superintendente da Excelsior Seguros na Bahia, Nelson Uzêda.
A situação é mais complicada no caso de Anísio Marques Neto, que deixou três filhos de companheiras diferentes, apenas um registrado. O mais novo tinha cinco dias de nascido quando Anísio morreu. "Legalmente eu só posso pagar o que é registrado e outros precisariam fazer um exame de DNA", explicou Uzêda.
Além do seguro obrigatório, as famílias das vítimas têm direito a outro benefício, uma pensão especial criada pelo Governo do Estado da Bahia de acordo com a Lei Estadual 10.954, de 22 de dezembro de 2007, no valor do último salário percebido pela vítima antes do acidente ou de um salário mínimo, para quem não tinha comprovante de renda.
Mas apenas duas das sete famílias já estão recebendo a pensão. As outras cinco ainda não tiveram acesso ao benefício porque o Poder Judiciário não definiu quem são os herdeiros legais. Segundo a assessoria de comunicação do governo (Agecom), como não está havendo uma indicação definitiva, por razões particulares, o Judiciário vai determinar os beneficiários.
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