Governo paulista volta a negar plano de novo estádio para a Copa do Mundo

O secretário de Esporte do estado de São Paulo, Claury Silva, voltou a negar nesta quarta-feira a existência de um plano B caso o Morumbi não seja aprovado para receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. O estádio do São Paulo Futebol Clube foi o escolhido pelos paulistas como a sede do estado para o torneio, mas recebe, desde sua indicação, criticas da Fifa.

“O governo do estado não vai construir estádio. A preocupação é com o legado. Não adianta fazer estádio para ficar em desuso. Tivemos um exemplo ruim no Brasil nessa área, que foi o Pan-Americano do Rio. Boa parte da infra-estrutura construída a custos elevados acabou em desuso. Então, o poder público não vai fazer um equipamento para não ser usado”, afirmou Silva em um chat no site oficial do governo paulista.

Notícias publicadas nas últimas semanas dão conta que o estado e a prefeitura já estão se movimentando para a criação de um plano B para o estádio de São Paulo em 2014. O Morumbi teve dois planos recusados pela Fifa até agora e só foi autorizado a receber partidas de oitavas de final da competição. O jogo de abertura não faz parte desse pacote.

“O que existe com a Fifa é um acordo com o governo para ajudar o estádio. Estamos envolvidos nas obras do entorno e de acesso. O metro vai chegar a 1km do estádio, dentro da exigências da Fifa. E isso já estava previsto anteriormente. O entorno do estádio também é formado por áreas publicas que serão adequadas para atender o evento”, explicou.

Segundo ele, a obrigação de adequação do projeto e responsabilidade pela reforma é toda do São Paulo. “Estamos batalhando pela abertura da Copa, mas o estádio é um compromisso que o são Paulo Futebol Clube estabeleceu com a Fifa. Foi o clube que assinou com a Fifa e com a CBF um documento se responsabilizando pelas adequações”.

Os desafios do Morumbi são aumentar a capacidade de expectadores para 60 mil lugares, mas com um ressalva: a visibilidade precisa ser melhorada e esse número não pode contar os setores não-pagos. Além disso, é preciso cuidar da inclinação do térreo, que levou ao rebaixamento do gramado.