Na última quarta, Maradona disparou sua artilharia contra Carlos Bilardo, seu técnico nas Copas de 1986 e 1990 e coordenador da seleção em 2010, quando o craque foi o treinador. O ex-comandante está longe de ser o primeiro desafeto do maior camisa 10 da história da Argentina, que já arrumou muita confusão em seu país.
Confira abaixo os cinco maiores "inimigos" de Maradona:
Carlos Bilardo
A relação de Maradona com o técnico da Argentina em 1986 é de amor e ódio. Homem de confiança e craque do time de Bilardo, o meia apoiou-se na boa relação entre os dois para optar pelo Sevilla em 1992, quando deixou o Napoli. Bilardo, então, era o treinador do time espanhol. Já em fim de carreira e lesionado, Maradona se irritou ao ser forçado a jogar com infiltrações e, mesmo assim, sem substituído. Romperam, mas o craque iria rever o treinador em sua segunda passagem pelo Boca Junior, quando reatariam. Coordenador de seleções da AFA em 2010, Bilardo esteve ao lado de Maradona na África do Sul, e novamente criou polêmica na volta, ao manter seu cargo apesar do rompimento entre o ex-meia e a AFA.
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Daniel Passarella
Passarella é o único argentino campeão do mundo em duas oportunidades, tendo sido o capitão da primeira conquista, em 1978. Como Maradona nunca gostou de dividir espaço pelos times que passou, não tardou a brigar com o zagueiro. O craque foi alçado ao posto de capitão da seleção em 1986 por Carlos Bilardo, que ainda colocou Passarella no banco. Depois disso, os dois trocaram farpas diversas vezes pela imprensa. Irritado com um suposto estrelismo do craque, Passarella exigia tratamento igual a todos fora de campo, enquanto Maradona debochava das implicâncias do rival.
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César Luis Menotti
Ao lado de Bilardo, é um dos grandes inspiradores da escola argentina de futebol, justamente por ter levado o país ao seu primeiro título mundial em 1978. Na época, o jovem Maradona não tinha sequer 18 anos e ainda estava no Argentinos Juniors, mas já havia atuado pela seleção alviceleste e impressionava pelo bom futebol. Menotti, mesmo assim, não o levou para a Copa, o julgando novo demais. Maradona chegou a apontar o corte como o momento mais duro de sua carreira, e disse que não entendeu o treinador, apesar de tê-lo elogiado anos depois. Em 2010, Menotti foi um dos maiores críticos da ofensividade exagerada da Argentina.
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Julio Grondona
Presidente da AFA desde 1979, Grondona acompanhou o crescimento, o ápice e o declínio da carreira de jogador de Maradona. Foi com o técnico Maradona, no entanto, que ele desentendeu. Após apostar no craque em 2008, o dirigente balançou com a má campanha da seleção nas eliminatórias para 2010, e não manteve um apoio irrestrito ao seu treinador às vésperas da Copa do Mundo. Após a eliminação diante da Alemanha, forçou a saída de Maradona ao exigir mudanças na comissão técnica, ciente de que o ex-meia não aceitaria a situação.
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Juan Román Riquelme
O meia é ídolo do Boca Juniors, time de Maradona, e foi apontado diversas vezes como o craque de sua geração, sem nunca ter correspondido à altura na seleção. Sua história com Maradona é antiga. Em 1997, substituiu o craque em um clássico contra o River Plate, a última partida profissional do ex-meia. Quatro anos depois, ele participou do jogo de despedida de Maradona. Tudo isso foi por água abaixo quando o ex-meia assumiu a seleção. Riquelme não aceitou as críticas que recebeu do então técnico pelo mau desempenho e anunciou sua saída da seleção. No fim, ele não foi à África do Sul.
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