Ex-sócio e desafeto de Pelé comanda fundo de R$ 3 bi e quer investir em 2014

Hélio Viana ficou famoso como sócio de Pelé, em uma parceria de 18 anos. Após rompimento traumático, incluindo investigações de corrupção e acusações entre os ex-companheiros, o empresário está de volta ao futebol. Hoje, é responsável pelo H Business Bank, que serve como intermediário de fundos milionários do exterior que querem investir, no mínimo, R$ 3 bilhões no Brasil. E a Copa de 2014 é um dos alvos.

Na última segunda-feira, o empresário esteve na Soccerex, feira de futebol que vai até a quarta-feira. Ele está trabalhando em acordos relativos ao Mundial desde a escolha das sedes da competição.

 

Viana diz que o valor para investimentos gira em torno de R$ 3 bilhões, mas pode subir até R$ 5 bilhões. O fundo será formado por bancos de investimentos e empresários endinheirados que tem interesse em participações futuras dos eventuais lucros. 

 

O próprio empresário aponta uma parceria com a BWA, que trabalha com logística de venda de ingressos, como exemplo dos acordos que fecha. A empresa, que tem parceria com os principais clubes brasileiros, está investindo em tecnologia dos estádios que comanda, focando os trabalhos em catracas, mas também abrindo o leque para tecnologia geral de arenas esportivas. De acordo com Viana, parte da verba para essas inovações já vem do fundo gerido pelo H Business Bank. 

 

O investimento elevado no futebol brasileiro é uma reviravolta na carreira do empresário que protagonizou escândalos futebolísticos no passado. Ainda sócio de Pelé na Pelé Sports & Marketing, Viana foi acusado, ao lado do jogador, de não devolver US$ 700 mil à Unicef por um evento não realizado na Argentina. 

 

Além disso, também ajudou a atrair ao Brasil a ISL, empresa de marketing suíço que injetou milhões no Grêmio e no Flamengo, mas criou enormes rombos nos clubes após falir. Segundo Viana, todas as acusações foram negadas e ele, que chegou a cobrara US$ 30 milhões de Pelé, hoje diz estar em paz com o Rei.

 

“Foi tudo um enorme mal-entendido. Nós encerramos aquelas questões amigavelmente, reconhecemos os erros e nos abraçamos”, disse Viana, que conta que o encontro fatídico aconteceu em 2007.